HELOÍSA NORONHA
Colaboração para o UOL
Colaboração para o UOL
Você acha que não dá sorte com relacionamentos, pois escolhe sempre homens complicados para namorar? Ou não aguenta mais ouvir a melhor amiga reclamar de que só arruma sujeitos comprometidos, que só desejam uma aventura e nada mais? Antes de colocar a culpa no sexo masculino, avalie se não é você a culpada por essas escolhas. Para ajudá-la, ouvimos duas especialistas. A consultora Sandra Maia, autora dos livros "Eu Faço Tudo por Você e "Você Está Disponível", ambos da Editora Celebris, explica por que muita gente encara um romance problemático atrás do outro. E a jornalista e escritora Rejane Freitas, autora de Pare de Amar Errado (Matrix Editora), comenta sobre os perfis de homens com os quais, de fato, não vale a pena perder tempo. Compreenda melhor o que se passa pela sua cabeça e livre-se da síndrome do dedo podre.
UOL - Por que algumas mulheres entram em uma relação problemática após outra?
Sandra Maia - Em primeiro lugar, porque confundimos tudo –amor com a distorção desse sentimento. Pensamento com confusão de sentimentos. Apego com aprisionamento. Achamos que o outro é como qualquer objeto que pode ser moldado. Depois, porque gostamos mais da relação e da adrenalina do que do outro ou de nós mesmas. Esse, geralmente, é só mais um objeto a ser conquistado.
UOL - Esse padrão começa na infância?
Sandra Maia - Sim, pois é na infância que formamos nossas crenças com base na percepção do que acontece à nossa volta, com nossos recursos de criança. Ou seja, fantasiamos, saímos da realidade e, então, formamos crenças errôneas que vão impactar todo o nosso desenvolvimento. Quando adultos, nós tendemos a repetir o que percebemos. Logo, se percebemos abandono, podemos escolher abandonar ou sermos abandonadas. Se percebemos rejeição, rejeitar ou sermos rejeitadas, e assim por diante. Passamos a viver em um círculo vicioso, algumas vezes doentio, que é impossível quebrar sem ajuda externa.
UOL - Existe um perfil típico dessas mulheres?
Sandra Maia - Não diria um perfil, mas um padrão de comportamento que escolhe se punir ou ser punida por algo que acreditou lá na infância. Isso parece complexo, e é! E, vale ressaltar, não somos só nós mulheres vítimas dessa confusão; muitos homens sofrem do mesmo mal. Daí a importância de um forte trabalho de autoconhecimento e de resgate da autoestima para, de uma vez por todas, abrir mão dessas crenças e, com os recursos do adulto que somos, fazer novas escolhas.
UOL - Por que algumas mulheres entram em uma relação problemática após outra?
Sandra Maia - Em primeiro lugar, porque confundimos tudo –amor com a distorção desse sentimento. Pensamento com confusão de sentimentos. Apego com aprisionamento. Achamos que o outro é como qualquer objeto que pode ser moldado. Depois, porque gostamos mais da relação e da adrenalina do que do outro ou de nós mesmas. Esse, geralmente, é só mais um objeto a ser conquistado.
UOL - Esse padrão começa na infância?
Sandra Maia - Sim, pois é na infância que formamos nossas crenças com base na percepção do que acontece à nossa volta, com nossos recursos de criança. Ou seja, fantasiamos, saímos da realidade e, então, formamos crenças errôneas que vão impactar todo o nosso desenvolvimento. Quando adultos, nós tendemos a repetir o que percebemos. Logo, se percebemos abandono, podemos escolher abandonar ou sermos abandonadas. Se percebemos rejeição, rejeitar ou sermos rejeitadas, e assim por diante. Passamos a viver em um círculo vicioso, algumas vezes doentio, que é impossível quebrar sem ajuda externa.
UOL - Existe um perfil típico dessas mulheres?
Sandra Maia - Não diria um perfil, mas um padrão de comportamento que escolhe se punir ou ser punida por algo que acreditou lá na infância. Isso parece complexo, e é! E, vale ressaltar, não somos só nós mulheres vítimas dessa confusão; muitos homens sofrem do mesmo mal. Daí a importância de um forte trabalho de autoconhecimento e de resgate da autoestima para, de uma vez por todas, abrir mão dessas crenças e, com os recursos do adulto que somos, fazer novas escolhas.
UOL – Mas há um perfil típico da mulher que não consegue ficar sozinha?
Sandra Maia - Durante muitos anos, penso ter vivido exatamente esse papel. Eu entrava e saía de relacionamentos, até que duradouros, porque não conseguia sequer imaginar ficar só. E isso era tão dramático que qualquer companhia contava. Então, eu escolhia a dedo relações complicadas. Relações que não me faziam bem. Ao contrário, empurravam-me ainda mais para o fundo do poço. Eu imaginava que meus companheiros eram deuses, praticamente inalcançáveis. Assim, me submetia e tocava a vida para servir. Meu prazer era viver em função do outro. Isso está ligado à codependência e ao amar demais. E, então, ficar sozinha depois de uma ou duas relações não saudáveis, eu diria a você que é quase humanamente impossível.
UOL - E por que algumas mulheres só conseguem arrumar homens comprometidos?
Sandra Maia -Se eu tenho no inconsciente que relacionamento é negativo, é muito provável que não me relacione, certo? Pois é! Essa é apenas uma possibilidade. Posso escolher, por exemplo, me envolver com quem não está disponível e, dessa forma, manter-me protegida de qualquer relação. Essa pode ser uma saída, mas existem outras. Sempre lembrando: tudo gira em torno das crenças da infância e das formas como vamos nos defender para nos manter vivos. Brigar com esse inconsciente só será possível à medida que trouxermos à tona o que nos fez agir daquela forma quando pequenos. E isso demanda força, coragem, desapego, autoestima e ajuda.
UOL - E por que outras só conseguem arrumar homens mais dependentes, como desempregados ou imaturos, por exemplo?
Sandra Maia - Isso também está ligado à codependência, que é nociva para os dois –vítima e algoz. Ao fazer essa escolha, primeiro optamos viver para e pelo outro, ou seja, viver em função do outro. Então, quanto mais complicado o outro lado, mais vamos nos sentir ocupados e, por que não dizer, realizados. E, nesse caso, tudo também tem relação com ego, vaidade. Você já percebeu como essas parceiras ou esses parceiros especiais são perfeitos? São super-homens e supermulheres que, de algum modo –também inconscientemente–, se anulam para viver o sonho de outro e levam a relação com base no controle, na cobrança, no condicional.
UOL – Que dicas você sugere para ajudar quem deseja mudar esses padrões de comportamento?
Sandra Maia – O primeiro passo é buscar equilíbrio mental, espiritual e físico e manter-se emocionalmente saudável. Também é fundamental trabalhar o autoconhecimento e a autoestima, e tentar compreender o que a move. Outro conselho bem útil e ouvir quem está fora da relação. Se todos dizem: “É fria”, deve ser mesmo! Compreenda o seu padrão de comportamento para, então, a partir daí, iniciar a transformação. Além disso, escolha sempre com base no trinômio: bom, belo e verdadeiro. Deixar de lado o medo, a ilusão e o ego ajuda bastante.
Sandra Maia - Durante muitos anos, penso ter vivido exatamente esse papel. Eu entrava e saía de relacionamentos, até que duradouros, porque não conseguia sequer imaginar ficar só. E isso era tão dramático que qualquer companhia contava. Então, eu escolhia a dedo relações complicadas. Relações que não me faziam bem. Ao contrário, empurravam-me ainda mais para o fundo do poço. Eu imaginava que meus companheiros eram deuses, praticamente inalcançáveis. Assim, me submetia e tocava a vida para servir. Meu prazer era viver em função do outro. Isso está ligado à codependência e ao amar demais. E, então, ficar sozinha depois de uma ou duas relações não saudáveis, eu diria a você que é quase humanamente impossível.
UOL - E por que algumas mulheres só conseguem arrumar homens comprometidos?
Sandra Maia -Se eu tenho no inconsciente que relacionamento é negativo, é muito provável que não me relacione, certo? Pois é! Essa é apenas uma possibilidade. Posso escolher, por exemplo, me envolver com quem não está disponível e, dessa forma, manter-me protegida de qualquer relação. Essa pode ser uma saída, mas existem outras. Sempre lembrando: tudo gira em torno das crenças da infância e das formas como vamos nos defender para nos manter vivos. Brigar com esse inconsciente só será possível à medida que trouxermos à tona o que nos fez agir daquela forma quando pequenos. E isso demanda força, coragem, desapego, autoestima e ajuda.
UOL - E por que outras só conseguem arrumar homens mais dependentes, como desempregados ou imaturos, por exemplo?
Sandra Maia - Isso também está ligado à codependência, que é nociva para os dois –vítima e algoz. Ao fazer essa escolha, primeiro optamos viver para e pelo outro, ou seja, viver em função do outro. Então, quanto mais complicado o outro lado, mais vamos nos sentir ocupados e, por que não dizer, realizados. E, nesse caso, tudo também tem relação com ego, vaidade. Você já percebeu como essas parceiras ou esses parceiros especiais são perfeitos? São super-homens e supermulheres que, de algum modo –também inconscientemente–, se anulam para viver o sonho de outro e levam a relação com base no controle, na cobrança, no condicional.
UOL – Que dicas você sugere para ajudar quem deseja mudar esses padrões de comportamento?
Sandra Maia – O primeiro passo é buscar equilíbrio mental, espiritual e físico e manter-se emocionalmente saudável. Também é fundamental trabalhar o autoconhecimento e a autoestima, e tentar compreender o que a move. Outro conselho bem útil e ouvir quem está fora da relação. Se todos dizem: “É fria”, deve ser mesmo! Compreenda o seu padrão de comportamento para, então, a partir daí, iniciar a transformação. Além disso, escolha sempre com base no trinômio: bom, belo e verdadeiro. Deixar de lado o medo, a ilusão e o ego ajuda bastante.
Seis dicas para se detectar o homem errado: Rejane Freitas, autora do livro "Pare de amar errado", lista algumas dicas para as mulheres não se enganarem.
1. Procure homens disponíveis, analisados, resolvidos, que já se definiram na vida. Você terá menos trabalho, mais prazer e não será tão difícil entendê-los. Lembre-se sempre: homens que não se acharam na vida e não se comprometem são os homens errados para amar.
2. Evite homens infelizes, confusos, com traumas, cheios de problemas e conflitos. Fuja também de sujeitos apaixonados por outra mulher e daqueles que estão vivendo um divórcio.
3. Existem homens que se acostumaram a ser solteiros e curtem isso. Não querem mais vida conjugal, casamento, cobranças, responsabilidades ou problemas de outra pessoa. Não querem abrir mão do conforto e da comodidade de cuidar apenas de si. Para esses homens, transas e casos são suficientes. Corra deles. Não será você a heroína que vai prender um homem assim, simplesmente porque essa mulher não existe.
4. Alguns homens são maravilhosos como namorados e amantes, fazem tudo pela felicidade da parceira, mas não são bons como maridos. Quando os papéis mudam e a vida conjugal entra em cena, perdem o interesse e a motivação, como se a vida a dois e o compromisso tirassem o tesão. Pule fora da relação antes que ele fira profundamente a sua alma.
5. Quando conhecer um homem e ele se interessar por você, controle o furor da paixão e ative logo o seu desconfiômetro. Pergunte-se, por exemplo, quem é esse cara que chegou assim do nada, de onde veio, que tipo de família tem, por que quer cair de pára-quedas na sua vida e que motivos você tem para cair na dele também. Questione se ele vai lhe fazer bem ou mal.
6. Ao envolver-se com um homem recém-separado e ele quiser logo juntar as escovas de dente, pise no freio. Dê tempo para ter certeza de que ele está seguro dos sentimentos em relação a você ou se está apenas precisando de uma companhia para superar a perda da ex-mulher. Se for este o caso, quando ele se equilibrar emocionalmente, você corre o risco de ser descartada. Recém-separado, o homem não sabe ficar só, mas, se gosta da ex, continuará indisponível emocionalmente.
2. Evite homens infelizes, confusos, com traumas, cheios de problemas e conflitos. Fuja também de sujeitos apaixonados por outra mulher e daqueles que estão vivendo um divórcio.
3. Existem homens que se acostumaram a ser solteiros e curtem isso. Não querem mais vida conjugal, casamento, cobranças, responsabilidades ou problemas de outra pessoa. Não querem abrir mão do conforto e da comodidade de cuidar apenas de si. Para esses homens, transas e casos são suficientes. Corra deles. Não será você a heroína que vai prender um homem assim, simplesmente porque essa mulher não existe.
4. Alguns homens são maravilhosos como namorados e amantes, fazem tudo pela felicidade da parceira, mas não são bons como maridos. Quando os papéis mudam e a vida conjugal entra em cena, perdem o interesse e a motivação, como se a vida a dois e o compromisso tirassem o tesão. Pule fora da relação antes que ele fira profundamente a sua alma.
5. Quando conhecer um homem e ele se interessar por você, controle o furor da paixão e ative logo o seu desconfiômetro. Pergunte-se, por exemplo, quem é esse cara que chegou assim do nada, de onde veio, que tipo de família tem, por que quer cair de pára-quedas na sua vida e que motivos você tem para cair na dele também. Questione se ele vai lhe fazer bem ou mal.
6. Ao envolver-se com um homem recém-separado e ele quiser logo juntar as escovas de dente, pise no freio. Dê tempo para ter certeza de que ele está seguro dos sentimentos em relação a você ou se está apenas precisando de uma companhia para superar a perda da ex-mulher. Se for este o caso, quando ele se equilibrar emocionalmente, você corre o risco de ser descartada. Recém-separado, o homem não sabe ficar só, mas, se gosta da ex, continuará indisponível emocionalmente.
Retirado do BOL.COM
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