do UOL Celebridades
O sucesso do comercial que Reynaldo Gianecchini gravou para o Pintos Shopping, de Teresina (PI), é inesperado para o ator. Com o slogan "tudo o que você mais gosta, no lugar que você sempre quis", a peça publicitária virou piada na internet e o nome de Gianecchini chegou a liderar a lista de assuntos mais comentados no Twitter nesta semana. “Não tinha me dado conta dessa possibilidade do duplo sentido. Não tive essa maldade. Fui o primeiro a rir da piada”, disse ele em entrevista ao UOL, durante um intervalo de gravação de "Passione".
No ar como o vilão Fred, na trama de Silvio de Abreu, o galã garante que vai ficar quieto em casa nesta sexta (12), dia em que completa 38 anos de idade. “Adoro receber o carinho das pessoas e dos amigos. Mas não sou de comemorar meu aniversário”, contou. Leia, abaixo, a entrevista que o ator concedeu para o UOL:
UOL – O Silvio de Abreu declarou que escreveu o papel do Fred pensando em você. É um presente interpretar o vilão de "Passione”?
Gianecchini – Tem um sabor todo especial. Porque além de ser a terceira novela que faço do Silvio, ele é um pai artístico para mim. Sempre me aconselho muito com ele. Ele é mestre em fazer papéis que são divisores de água nas carreiras das pessoas. Mais uma vez fiquei absolutamente feliz e com o peso de corresponder. O Fred é um personagem tão complexo. É um misto de responsabilidade com prazer. Já vejo o tanto que esse personagem trouxe coisas positivas para mim. É meio clichê, mas o Silvio dá esse presente. São personagens sempre bem desenhados, complexos, cheios de nuances. Ele aceita que a gente contribua. É uma equipe junta e ele é o grande maestro. Sempre fui muito fã dele.
UOL – Que cena você acha que foi a sua melhor, até agora, em "Passione"?
Gianecchini – É muito maluco, porque gostei de muita coisa... Mas uma cena que me marcou foi quando o Fred foi abandonado no altar pela Melina [Mayana Moura] e foi tirar satisfação com ela. Porque ele estava com raiva mas ao mesmo tempo vulnerável.
UOL – Sobre a Clara (Mariana Ximenes), que foi sua comparsa no início da trama –você acredita na redenção dela? Gostaria que o Fred se redimisse também?
Gianecchini – Particularmente, não acredito muito na redenção da Clara. [risos] Até acredito na vida, mas desconfio que, no caso dela, tenha acontecido uma reviravolta. Já o Fred, acho que ele só iria se redimir se acontecesse alguma coisa que o tocasse muito. Mas acho que isso não vai acontecer, porque ele está ta indo cada vez mais fundo no mau-caratismo.
UOL – De que trabalho mais se orgulha?
Reynaldo Gianecchini – Todos os meus trabalhos foram importantes. Desde o primeiro que fiz, em que ainda era muito verde... não dá para não citar o Pascoal, de “Belíssima”, que me abriu a porta para a comédia. Tem outro personagem que as pessoas quase não citam, mas que adorei fazer, que foi o Tony de “Esperança”. Também adorei fazer os gêmeos Paco e Apolo, em “Da Cor do Pecado”. Mas, sem dúvida, o personagem que mais me diverti fazendo foi o Pascoal. Só contracenava com gente leve, engraçada. E não era o protagonista, então não era aquele massacre de 30 cenas por dia.
UOL – Que papel você gostaria de fazer de novo?
Gianecchini – Sempre fico com dó do meu primeiro trabalho, que foi o Edu de “Laços de Família”. Adoraria refazê-lo hoje em dia. Iria fazer de uma forma mais consistente. Mas ao mesmo tempo o que já foi já foi. Ainda era muito inseguro como ator, muito mais jovem.
UOL – Como você analisaria a sua trajetória?
Gianecchini – Foram dez anos de imenso aprendizado. A experiência como ator me deu recursos, o que também foi muito bom para a minha vida pessoal. Aprendi a lidar com as minhas verdades. Sempre ganhei de cada trabalho. E também aprendi muito no lado pessoal. Parece que vivi 50 anos em dez.
UOL – Com quem você mais gostou de contracenar em sua carreira?
Gianecchini – Com o Raul Cortez. Ele fez o meu pai em duas novelas, “Esperança” e “As Filhas da Mãe”. A cena mais linda da minha carreira fiz com ele, em “Esperança”. É a cena em que pai e filho tomam um porre no bordel e fazem as pazes. É uma cena de perdão. Toda vez que revejo fico emocionado.
UOL – O que planeja fazer quando terminar a novela? Já tem outro trabalho engatilhado?
Gianecchini – A gente sempre tem um monte de projetinho na cabeça. Estou recebendo uns convites bem bons. Mas preciso de férias. Isso é um fato. Pretendo viajar, mas ainda não fechei o roteiro.
UOL – Sobre o sucesso do comercial que gravou para o Pintos Shopping, o que tem a dizer?
Gianecchini – Não tinha me dado conta dessa possibilidade do duplo sentido. Não tive essa maldade. Fui o primeiro a rir da piada. A família Pintos é honesta, bem sucedida, uma das mais idôneas do Piauí.
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