'Há, inevitavelmente, uma barreira linguística para canções em português', analisa Pareles, que enxerga um caminho árduo para que a brasileira chegue perto de Beyoncé, Madonna e Shakira. O crítico assistiu ao show que a cantora fez no Madison Square Garden, no sábado à noite, para uma plateia estimada em 15 mil pessoas (5 mil das quais compraram ingressos no Brasil para o show). Ivete foi, de acordo com a produtora Caco de Telha, a primeira brasileira a ocupar o palco principal como atração única de uma noitada em Nova York, prova de indiscutível prestígio.
Há ainda uma outra barreira para Ivete, avalia Pareles: muitos de seus hits brasileiros, como Cadê Dalila, usam a batida rápida da axé music baiana como substrato, um recurso que não é imediatamente reconhecido por plateias estrangeiras. 'Pode ser mais difícil de ser assimilada por públicos internacionais do que o R&B de Beyoncé ou a cumbia de Shakira'.
'Ela tentou uma estratégia de mistura internacional, colocando sintetizadores e um denominador comum 4/4, de clubes, sob um medley de hits. Mas desistir completamente daquela propulsão brasileira pode neutralizar sua música'. Ainda assim, acompanhada de artistas baianos como Netinho e Margareth Menezes, e conseguindo massiva adesão do público, 'mesmo em Nova York, ela estava tocando para uma plateia caseira'.
Ivete trouxe ao palco alguns convidados, como a cantora canadense Nelly Furtado, o colombiano Juanes, o argentino Diego Torres e o brasileiro Seu Jorge. E cantou uma música nova, Aceleraê.
Do site: estadao.com.br
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