sábado, 7 de agosto de 2010

PESQUISA REVELA QUATRO TIPOS DE PAIS NO BRASIL


Quem diria que eles seriam divididos em categorias de acordo com seu comportamento. Sim, estamos falando dos pais - alvo de uma pesquisa que já dura anos, já contou com mais de 10 mil entrevistados e ainda continua sob coordenação de Lidia Weber, psicóloga e pós-doutora em Desenvolvimento Familiar pela UnB e Universidade Federal do Paraná.

Que tipo de pai você é?

“Percebemos, hoje, uma falta de limites em crianças e em jovens. Muitas vezes, os pais, por medo de não serem amados, atendem a todas as vontades de consumo dos filhos - celulares, iPods, tênis e roupas de marca etc. - e acabam se tornando mais amigos do que pais e mães de fato. Assim, cria-se uma confusão de papéis. Por determinados conjuntos de atitudes, conseguimos detectar o perfil desses pais, localizar, analisar e ajudar a resolver problemas”, explica Lidia.

Segundo a pesquisa, existem quatro tipos de pais distintos no país: presentes, omissos, permissivos e comandantes. Acompanhe agora as características e peculiaridades de cada um:

PRESENTES - 35% da população
São pais absolutamente participativos e consistentes. Além de atuantes, estão por dentro de modernidades, como jogos de videogame e shows. Levam e buscam os filhos nas baladas, conversam e se interessam verdadeiramente pela vida e rotina deles.
Pontos fortes: são bastante carinhosos e negociam como verdadeiros diplomatas o que pode ou não pode.
Pontos fracos: a presença forte e constante (demais) deles na vida dos filhos pode tornar esses jovens muito dependentes desse apoio.
Conclusão: no geral, essa mescla de características faz com que os filhos sejam pessoas de autoestima elevada, sociáveis e otimistas.

PERMISSIVOS – 15% da população
Geralmente esses pais não sabem bem o que é melhor para os filhos, então cedem à pressão do momento. Carregam a ideia errada de que o filho não pode ter uma educação rígida para não “traumatizar” os jovens e deixam tudo muito solto. “Eles simplesmente satisfazem as vontades dos filhos, comprando tudo o que desejam e deixando de lado os deveres deles ou fazendo por eles.
Por exemplo, levam a refeição ao quarto sempre com as comidinhas favoritas dos jovens. Enfim, cercam a prole de mimos e não colocam limites”, explica a pesquisadora.

Pontos fortes: estão presentes na rotina dos filhos, mesmo que de maneira neutra.
Pontos fracos: não colocam limites às crianças com medo de que não haverá amor por parte delas e criam os filhos sem o entendimento de hierarquia ou respeito.
Conclusão: os filhos em geral autoestima elevada, baixa tolerância à frustração, péssimo desempenho escolar, alta probabilidade de comportamentos antissociais e de uso de álcool e drogas.

COMANDANTES – 35% da população

“Não se importam com o que os filhos precisam, mas do que eles precisam dos filhos: obediência! Seguem o papel de generais e não pais, com regras rígidas e absolutas para tudo e todos”, exemplifica Lidia. Orgulham-se de que os filhos têm medo deles e usam freqüentemente tapas, gritos e surtos de comando para estabelecer a ordem ou ganhar uma discussão.
Pontos fortes: são presentes na vida dos filhos, mesmo que de maneira traumatizante.
Pontos fracos: não apresentam respostas afetivas e acham que carinhos e elogios demasiados estragam as crianças que devem “ter o caráter firme”.
Conclusão: geralmente, filhos de pais com esse perfil são obedientes, mas podem ter um desempenho profissional médio, já que sentem que tudo na vida é cobrança. Alguns podem ser submissos, pouco criativos e rebeldes devido a traumas passados na infância.

OMISSOS – 15% da população
São pais simplesmente porque geraram o filho, não se importam com o que eles precisam e, normalmente, são pessoas de rotina muito extenuante de trabalho e desconhecem o cotidiano de uma casa. Segundo a psicóloga, a frase favorita desse tipo de pai é: “agora não filho, estou ocupado”.
Pontos fortes: preenchem a vida dos filhos com cuidados dados por terceiros como babás e professores, e, de alguma forma, mantém sua existência notada pelos filhos, mesmo que de maneira errada.
Pontos fracos: não estão presentes, não se mostram emocionalmente envolvidos com os filhos, não educam, não participam, só vivem para o trabalho e/ou outras atividades.
Conclusão: “Os filhos não se sentem amados nem aprendem regras sobre o mundo, isso acarreta baixa autoestima, baixo desempenho escolar, comportamento pessimista, problemas de ansiedade e depressão e altíssima probabilidade de comportamentos antissociais e de uso de álcool e drogas”, alerta a psicóloga.

Presentes

Para Lidia, pais presentes são aqueles que mais acompanham e aprendem com os filhos o verdadeiro significado do amor. Ela elenca abaixo os cinco acertos dos pais presentes:

  1. Usam carinho e participação ilimitados
  2. São coerentes e consistentes
  3. Definem regras e limites
  4. Treinam técnicas de autocontrole
  5. Amam os filhos pelo que eles são
RENATA RODE
Colaboração para o UOL

Interessante a pesquisa, pois revelou o biótipo dos pais do Brasil. E você, o que achou??? Comenta!!!!!

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