segunda-feira, 23 de agosto de 2010

PERDER A VIRGINDADE TAMBÉM GERA DÚVIDAS PARA GAROTOS


Aos 17 anos, Josnei Júnior não tem pressa. Quer esperar a "conjunção astral" perfeita para inaugurar a vida sexual: a garota certa, no momento certo. Algo inesquecível.

"Perder a virgindade é uma preocupação dos meninos", diz. "É quase impossível não pensar nisso."

Mas a menina vai curtir? Ela vai me comparar a outros parceiros? E se eu brochar ou gozar muito rápido? Esses são alguns dos medos e das dúvidas na "primeira noite de um garoto" (leia abaixo).

As meninas, geralmente, têm mais informações sobre virgindade e primeira vez e conversam muito com as amigas sobre o assunto.

Os garotos acabam descobrindo o beabá na prática.

Pesquisa Datafolha mostrou que os meninos, em média, perdem a virgindade com 14,7 anos. As garotas, aos 16,3 anos, em média.

Dos 767 rapazes entrevistados, entre 16 e 25 anos, 89% declararam não serem mais virgens. A maior parte (35%) perdeu a virgindade entre 13 e 15 anos.

É o caso de Victor Guerise, 22, que transou pela primeira vez aos 14 anos. Ou quase.

"Descobri que pôr a camisinha é o momento mais brochante que um menino inexperiente pode ter", lembra. Com alguma dificuldade, diz, conseguiu colocar.

"Na "hora H", estava nervoso, tentei ser carinhoso, e ela falando que estava doendo!"

Mas o problema maior ainda estava por vir: "O que mais me perturbou foi que, enquanto estávamos juntos, eu pensava: "É só isso?". Tudo o que ouvia era que sexo era o mundo se acabando em prazer, mas, na hora, pela falta de experiência, achamos muito ruim", desabafa.

HORA CERTA

Há quem prefira esperar a perder logo a virgindade.

Davier Cardoso, 22, por exemplo, é de família religiosa, mas diz que ser virgem não tem nada a ver com isso. "Sempre fui "atrasado'", explica. "Beijei pela primeira vez aos 18 anos e descobri o que era masturbação aos 16."

Ele admite que fica, sim, encanado com a virgindade. "Pessoas da minha idade já são experientes. Tive oportunidade, mas entrei em pânico. Quando tiver que rolar, vai rolar", resigna-se.

Henrique*, 16, diz já ter recusado sexo com duas ficantes, por sentir que não era o momento certo. "Tem uma que me arrependo até hoje", brinca. "Meu maior medo? Gozar rápido demais."
Alguns garotos também reclamam da pressão de amigos e parentes para que percam a virgindade.

"Ficam me zoando!", conta Bruno*, 16. "Mas meu instinto me diz que a hora está perto", brinca.

COM QUEM?

Gabriel*, 18, pode dizer que teve duas "primeiras vezes": uma, aos 14, com o melhor amigo; outra, aos 16, com uma menina da balada.

"Foi estranho começar com um amigo, fiquei confuso", diz. "Mas ter tido relações com meninos e meninas me ajudou a decidir sobre aquilo de que gosto."

José*, 17, perdeu a virgindade aos 13, com uma prima mais velha. Ele conta que só voltou a transar aos 15. "Me senti mais preparado."

Josnei concorda: "Não adianta querer fazer as coisas antes do tempo certo."

* Nomes trocados


Tem grana? 480 hoje?"

Esse é um chamado comum nos corredores do Dante Alighieri, colégio de classe média alta no bairro dos Jardins, em São Paulo.

"480" é o codinome de um bordel que fica em rua próxima, no mesmo número. A grana é para pagar a garota de programa, ou "GP", no vocabulário local. A tradição é ir sempre "em galera".

"Minha primeira transa foi com uma GP, por aqui. Eu tinha 16 anos. Fui com uns amigos, e a prioridade era minha, porque eu era virgem", conta Pedro*, 17. "Meus amigos disseram: "Você pode ficar com a mais bonita, escolhe"."

Perder a virgindade num privê com amigos do colégio é costume para muitos meninos. "A ideia vai amadurecendo aos poucos. Na 7ª série, a gente ouve falar. Na 8ª, começa a combinar de ir. No 1º e no 2º ano, o pessoal vai muito", admite Daniel*, 17.

A sessão matinê geralmente rola logo após a aula ou no intervalo para o curso de inglês. Variações são encorajadas: além do "480", há o "175", o "237"...

"Vamos depois do almoço, que é a hora dos executivos da Paulista", detalha Pedro.

Segundo Daniel, o fato de as GPs estarem "acostumadas a atender alunos" dá mais segurança aos virgens.

Frequentador do "175", Caio*, 15, teve a primeira transa lá aos 13 anos. "Fui com dois amigos do colégio. Você entra na casa, espera na salinha, a cafetina pergunta: "Já sabe quem você quer?". Se não sabe, todas passam na sua frente, e você escolhe", conta ele, que não gosta de chamar as meninas de prostitutas. "Eu falo GP."

Às GPs, só elogios. "Elas são gente boa. O programa é R$ 70 por meia hora, eu já chorei, falei que era estudante, e elas fizeram por R$ 40."

"Desde a 8ª série, transei com umas seis, sete GPs. A minha primeira vez foi com uma, quando eu tinha 14 anos", diz Fred*, 17, que estuda no Bandeirantes, outro colégio de jovens endinheirados para quem as matinês no privê são corriqueiras.

Rodrigo*, 18, também perdeu a virgindade assim, aos 15 ("Meus amigos me levaram"), e virou habitué de casas próximas aos metrôs Ana Rosa e Paraíso. "Contei para os meus pais. Eles falaram para eu tomar cuidado, mas sempre uso camisinha."

Cliente das mesmas casas, mas aluno do cursinho Etapa, André*, 17, se orgulha de ter ajudado na iniciação de um amigo. "Ele já tinha 18 anos e era o único virgem da turma, então, o levamos."

"Com uma GP, o nervosismo é menor", diz Sandro*, 17, "porque, nessa idade, você não domina muito a arte". Mas o ideal, para ele, seria que a primeira vez rolasse com uma namorada.
"É mais legal com a namorada. Você tem cuidado, é uma troca maior", compara. André faz coro: "Tem mais carinho". E todos concordam: camisinha sempre!

Nomes trocados


Da Folha.com


ENTREVISTA COM UMA GAROTA DE PROGRAMA

Quando era GP, Raquel Pacheco, 25, a Bruna Surfistinha (foto a baixo), trabalhou num privê dos Jardins que recebia turmas de estudantes das redondezas. "Parecia uma excursão gigantesca. Alguns foram alunos brilhantes", escreveu ela no livro "O Doce Veneno do Escorpião" (Panda Books), que virou filme com Deborah Secco.
Ela conversou com o Folhateen sobre a iniciação sexual dos garotos.

Folha - Quantos estudantes você desvirginou?
Bruna Surfistinha - Muitos. Muitas dezenas. Menino é diferente de menina, que quer emoção na primeira vez. Para eles, se um amigo perde a virgindade, todos querem perder também.

Quais as maiores preocupações deles nessa hora?
Eles chegavam muito ansiosos. A primeira vez é importante para eles também. Ficavam perdidos quando viam uma mulher nua, não sabiam por onde começar. Muitos nem percebiam que já tinham gozado. A maioria não sabia colocar a camisinha. E todos perguntavam sobre o tamanho do pênis: se era pequeno, se era grande.


O que queriam aprender?
Tudo. E queriam aprender como dar prazer às mulheres.

Algum deles a surpreendeu?
Um pai levou o filho ao privê. Queria saber se o menino era gay. Fomos para o quarto, mas ficamos só conversando. Ele me contou que gostava de uma menina e que queria perder a virgindade com ela, mas que o pai pressionava. Ele pediu para eu mentir para o pai dele que tinha rolado. E eu menti.

E aí, gostaram? Comenta!!!!



































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